Por Nuno Pinhel
No dia 30 de maio estava
programado o desafio. Dois dias antes
foram fechadas as inscrições e haviam 6 barcos inscritos: Finisterre, Acquabom, Tha Rado, Kawabunga, Il
Capo, Thoa Thoa.
Como dois dias antes do
evento a previsão do vento era de vento leste para o dia da prova, foi
divulgado para os inscritos que o percurso escolhido era o que previa a rotação
em torno da ilha, no sentido horário, tendo largada na Ilha dos Macacos e
chegada na Enseada do Sítio Forte.
Na sexta feira dia 29, no
inicio da tarde, as previsões de mar, para o dia da prova, não eram boas, com
ondas de
Um pouco antes da hora da
largada, por rádio, chega a solicitação do veleiro Syrena, que estava na Ilha
dos Macacos e perguntava se daria para fazer a inscrição. Nuno, comandante do Thoa Thoa e que
organizava o evento, informa que não seria possível e inclusive o evento foi
alterado devido as condições de mar.
Na hora marcada, a prova de
conhecimentos foi entregue para os barcos da cruzeiro e os 6 inscritos largam,
e são acompanhados pelo veleiro Liberdade e pelo veleiro Norne. Finisterre e Kawabunga estavam disputando
pela ORC e os veleiros Tha Rado, Il Capo e Acquabom estavam disputando o
desafio de conhecimento (apresentado ao final desta crônica).
Thoa Thoa fez parte do
percurso a vela e a maior parte a motor, pois tinha que chegar na frente de
todos para organizar a chegada. A linha
de chegada foi o alinhamento entre aquela marca (placa de concreto) que fica na
entrada da enseada do Sitio Forte e o
farol da laje Branca. Tha Rado foi o
Fita Azul, com o tempo de 2:17:50 horas, o Finisterre chegou depois com 2:40:44
e Kawabunga mais tarde com 3:18:13. O Il Capo e Acquabom não abriram mão de
fazer todo o percurso a vela e chegaram antes das 17:00hs. Todos fundearam, exceto Finisterre e
Kawabunga que voltaram para seus portos.
Norne também chegou e se juntou ao grupo.
As 18:00hs todos foram para
o Bar do Lelé, fazendo uma animada mesa.
A prova de conhecimentos do
Il Capo, Acquabom e Tha Rado, foi entregue ao Nuno que já havia calculado o
tempo corrigido do Finisterre e Kawabunga.
O vencedor ORC foi o
Finisterre, que ganhou uma garrafa de whisky
White Horse. Na prova de
conhecimentos o veleiro Tha Rado foi o vencedor, gabaritando as 15 questões, ganhando
uma garrafa de licor 43, mas deixou a desejar na confecção da mão que era uma questão
prática e que seria usada para desempate.
Apresentaram um Laís de Guia!
Vejam na foto na mão do Celsinho.
O veleiro Acquabom acertou
13 das questões e uma das suas tripulantes foi quem fez a melhor Mão (está na
foto em primeiro plano), e como fez com as duas pontas do cabo que foi
entregue, acabou ficando parecido com uma algema! O Il Capo acertou 10 das
questões e também apresentou uma Mão.
Na distribuição dos prêmios,
como o vencedor da ORC não estava presente para receber seu premio, os comandantes
e tripulantes resolveram abrir a garrafa de White Horse e fazer um ruidoso
brinde ao Finisterre. E quando o premio
do Tha Rado ia ser entregue, os comandantes também acharam justo, fazer um
brinde ao barco ganhador e tiveram que abrir a garrafa de licor para o
brinde. Assim, a garrafa de White Horse,
pela metade está guardada com o Nuno para ser entregue ao Walcles e a metade da
garrafa de 43 foi entregue ao Celso Pavão.
Já era perto das 22:00hs
quando todos foram para seus barcos descansar.
Soube pelo Celso Pavão que a
Volta da Ilha Grande já teve duas outras tentativas na década de 80 e também
foram frustradas. Assim, esta prova
continua sendo um desafio virgem.
Até a próxima tentativa.
Os veleiros que não sejam
ORC e queiram concorrer ao Premio Desafio Volta a Ilha Grande devem responder
as perguntas do questionário abaixo (somente uma resposta por pergunta) e fazer
a tarefa solicitada. Devem entregar no
ponto de chegada à embarcação indicada como da organização.
O gabarito das perguntas do
questionário é considerado o que é dito sobre o assunto nas seguintes
publicações: Navegar é Fácil ( Geraldo
Luiz Miranda de Barros), Guia Prático de
Manobras (EricTabarly) e Regulagem de Velas (Ivar Dedekam). A nota máxima da tarefa solicitada é 5 e
será dada por uma comissão de 3 pessoas (Nuno e mais 2 escolhidos na
hora). A nota da tarefa é fator de
desempate.
1- Quando o cunningham da grande é caçado:
a. A valuma da grande fecha.
b. A posição do draft da
grande se desloca mais para a vante.
c. A posição do draft da grande se desloca mais para ré.
d. A esteira da grande fica mais folgada.
e. O burro da retranca fica mais tensionado.
2- Para ajustar a torção da grande, usa-se:
a. A posição do traveller, e a esteira.
b. A esteira da grande e o cunningham
c. O cunningham e a posição do traveller.
d. A adriça do grande e a escota.
e. A escota da grande e o
burro da retranca.
3- Numa operação de homem ao mar, o veleiro deve se
aproximar do homem, deixando-o:
a. Por barlavento.
b. Por sotavento.
c. Pela proa.
d. Pela popa.
e. Pelo través.
4- A valuma da mestra, aberta, leva a:
a. Menos
força de inclinação; menos tendência para barlavento; maior velocidade do
barco; menor orça.
b. Grande força de inclinação; menor tendência para
barlavento; melhor capacidade de orça; maior velocidade do barco.
c. Maior tendência para atravessar; maior orça; menor
força de inclinação.
d. Maior tensão da escota do grande; maior tensão do
burro da retranca.
e. Nenhuma resposta anterior.
5- Um barco está com vento de popa, com spinnaker e está
pendulando perigosamente. Para cessar o
movimento de pendulo, deve-se:
a. Caçar a escota de sotavento, e arribar.
b. Caçar
as escotas; trazer os punhos do spinnaker mais para baixo e o tope bem junto ao
mastro, limitando a mobilidade do spinnaker; e orçar um pouco.
c. Contrabalançar o balanço com o leme, compensando a
direção do barco.
d. Colocar o peso da tripulação todo a sotavento.
e. Nenhuma resposta anterior.
6- Desvio da agulha é:
a. O ângulo entre o Norte Verdadeiro e o Norte da
Agulha, contado sempre a partir do Norte Verdadeiro para Leste (E) ou para
Oeste (W).
b. O ângulo entre a proa da embarcação e a linha de
visada com o objeto, contado para BE ou para BB de
c. O ângulo formado entre a direção do Norte Verdadeiro
e a direção do Norte Magnético. Contado
sempre a partir do Norte Verdadeiro para Leste (E) ou para Oeste (W).
d. O ângulo formado entre
a direção do Norte Magnético e a direção do Norte da agulha, contado sempre a
partir do Norte Magnético para Leste (E) ou para Oeste (W).
e. O ângulo formado entre a agulha e a linha de fé.
7- Estando a bordo e navegando, se um tripulante diz
para o timoneiro “Tem um barco vindo ao nosso encontro, na posição 9 horas”, o
timoneiro deve olhar para:
a. 90 graus na sua marcação relativa.
b. Para sua direita.
c. Para sua bochecha de BE.
d. Para
seu través de BB.
e. Para sua entrada da cabine.
8- A linha de Fé de uma agulha magnética fixa num
veleiro, deve:
a. Ficar sempre a BE do rumo desejado.
b. Ser paralela a linha
proa – popa do veleiro.
c. Apontar para o ponto da costa mais próximo.
d. Apontar sempre na direção Norte Magnético.
e. Apontar sempre para o rumo desejado.
9- Duas embarcações navegando a motor em rumos
diretamente opostos, em rumo de colisão:
a. A embarcação de sotavento deve guinar para BE.
b. A embarcação de barlavento deve guinar para BB.
c. Ambas devem guinar para BB.
d. Ambas
devem guinar para BE.
e. Nenhuma das respostas anteriores.
10- Um veleiro de
a. Manter estrobo acesso.
b. Manter luzes de navegação acesas.
c. Manter
luz do tope acessa.
d. Manter luz de alcançado acessa.
e. Manter luz da cabine acessa.
11 – Qual o nome deste nó?
a-
Volta de
fiador. b-
Volta de fateixa. c-
Volta falida. d-
Volta de fiel. e-
Volta
trancafiada. |
|
12- Estou velejando no contravento. Minha retranca está para BE. Sotavento da embarcação é:
a. BE
b. BB
c. Proa
d. Popa
13- Você está navegando em rumo 10 graus. Olha para a sua esquerda e vê no través outro
veleiro navegando em rumo 20 graus.
Ambos com retranca a BE.
a. Se em rumo de colisão, o veleiro que veleja no rumo
10 graus deve dar passagem
b. Se em rumo de colisão,
o veleiro que veleja no rumo 20 graus deve dar passagem
c. Os veleiros estão se afastando.
d. O veleiro que veleja com agulha a 10 graus deve
guinar para BB.
e. O veleiro que veleja com agulha a 20 graus deve manter
o rumo.
14- Numa atracação paralela ao cais, o lançante de ré é o
cabo ou espia que:
a. Parte da popa, perpendicularmente ao eixo
longitudinal do barco.
b. Parte
da popa o mais longe para trás.
c. Parte da popa para a frente.
d. É lançada da popa do veleiro para alguém que esteja
no cais para auxiliar na aproximação do barco.
e. Nenhuma das respostas anteriores.
15- No fundeio a galga:
a. Usam-se 2 ferros e duas amarras independentes jogados
pela proa um de cada bordo.
b. Usam-se 2 ferros e duas amarras jogados um pela proa
e outro pela popa.
c. Usam-se
2 ferros presos na mesma amarra com alguns metros de corrente entre o primeiro
ferro e o segundo ferro.
d. Um dos ferros está sem corrente, amarrado diretamente
na amarra.
e. Nenhuma das respostas anteriores.
Com
o pedaço de cabo entregue, faça uma mão para passar num cunho.